Já só vejo o Ruibiker a passar por mim nas subidas, com o seu sorriso matreiro...
Vejo o Luisbiker com a sua calma, a pedalar pelos arrozais fora...
Vejo o Paulobiker em cima da sua bicla cheia de luzinhas...
Vejo o Américobiker a bombar pelo Alentejo fora...
Vejo a mulatinha com o Alentejanobiker a pedalar nela...
Vejo tanta coisa que me falta tempo para dormir.
A semana passada, quando fiquei a fazer marido, resolvi dar um passeio a pé com a minha cara metade; fomos até ao mar e com grande surpresa minha o passeio marítimo de Paço d'Arcos já está em funcionamento e devo dizer que sem dúvida trata-se de um espaço muito bem concebido, e muito agrdável. Parbéns às gentes de PA que assim conseguem transformar uma zona de mau aspecto numa outra de grande beleza e grande utilidade.
Como ia dizendo, fomos a pé desde PA na praia bem conhecida dos Nauticos (em frente à ENIDH) até a Oeiras ao rabo da baleia; uma nota aqui para dizer que aquele rabo tem dedo de Centeno... pois foi um primo meu que a construiu na sua empresa - Pemel.
Pensei, pensei e logo veio a ideia:
Porque não os Nautibikers partirem numa jornada a pé desde PA até Cascais ida e volta, com umas "Pints" pelos caminho e sempre junto ao Mar? Não prometo é que haja sandes de leitão.
Acho que seria um bom treino lá para Maio! Claro que a mulata ficava fula e cheia de ciúmes!!!!
Pensem no assunto e se gostarem de largar o pedal por uma vez eu alinho nessa.
O terceiro percurso que fiz, na área de Montemor-o-Novo, chamei-lhe grande circular uma vez que a jornada perfaz um circulo, tendo sempre como referência central o Castelo.
Iniciei a viagem na minha residência em Montemor, desci aos Silvas e segui até ao Ferro da Agulha.
Depois atravessei a Herdade da Infanta e segui até à Rosenta onde apanhei durante alguns metros a estrada nacional que liga Vendas Novas a Montemor.
Nestas duas fotos surge pela primeira vez, ao fundo, o Castelo de Montemor-o-Novo.
No local em que tomamos esta vista viramos à direita, através de caminho de terra batida e fazemos uns quilómetros até à Maia, seguindo-se S. Mateus, Reguengo (onde se pode beber uma minzinha ou um café) e seguimos em direcção a Santa Margarida.
Nesta etapa do percurso existe uma subida daquelas que o Ruibiker costuma designar como "parede".
Deste ponto a visão do Castelo é a que se segue:
De regresso à cidade subi até à Senhora da Visitação. Um local alto que para lá chegar tem que se fazer uma subida bem interessante.
Daqui, desci até à estrada que liga Montemor ao Ciborro (minha terra natal) e fui até às Fazendas do Cortiço que percorri, regressando à cidade e ao ponto de partida.
Ao todo foram feitos 42 km num percurso misto de grande encanto e variedade de vistas.
No meu trabalho voluntário de exploração ao serviço dos Nautibikers fiz três percursos para saber como era e agora quero mostrar o segundo.
Parti de Montemor-o-Novo pela Estrada Nacional em direcção a Arraiolos, sempre por alcatrão, mas com uma berma bem larga que mais parece um ciclopista.
Até à barragem são cerca de 17 km com algumas subidas ligeiras. A estrada tem muito movimento de viaturas motorizadas, mas como já disse atrás a berma é suficientemente larga e, portanto, segura.
Atravessando o paredão da barragem entramos na parte do percurso em terra batida.
O caminho é muito bonito e vai levar-nos até Santa Sofia, uma pequena aldeia, também ela muito bonita. Virando à esquerda temos, ao fim de alguns quilómetros, outro lugarejo que se chama Patalim.
Voltamos então para Montemor por uma estrada em tudo idêntica àquela que utilizámos para nos dirigirmos à barragem, aliás a foto apresentada no início foi precisamente tirada nesta estrada de regresso.
Findo o percurso cumprimos uma boa jornada de cerca de 36 km.
Por terras distantes deste Portugal profundo, passam as Rotas dos nautibikers...
Pelas Salinas de Tavira
Pela Serra Algarvia
Observando a bonita flor da esteva
vendo a fauna campestre
rolando por subidas de 1ª categoria,
Enquanto que outros nautibikers, tratam de coisas mais sérias...
metem combustivel
convivem socialmente
tiram fotos a si próprios
Mas Nautibiker, Nautibiker, Nautibiker mesmo , mesmo, mesmo, aqui está:
Creio que nunca tive a sorte de observar uma aurora boreal, embora quando passei por mares do Antartico, a navegar da África do Sul fazendo ortodromica até à Argentina, ou estive perto do Artico, quando fui até aos paises nórdicos, sempre me levantei antes do por do Sol, ou saí da Casa da Máquina e ía directo até ao talabardão do bordo onde o Sol iria aparecer, para me maravilhar com as cores que o céu ia ganhando, até a bola de fogo aparecer.
Tinhamos que aproveitar estes momentos de rara beleza, para tornar a vida de bordo mais suportável.
Não sei se os verdes esmeralda e os azuis celeste, brilhantes, e os laranjas fogo com que o céu se pintava, antes do astro rei aparecer, se pode chamar de aurora boreal, mas que era dos espectáculos mais lindos que até hoje vi, não tenho qualquer dúvida.
E ontem, passei momentos de igual felicidade, quando, em vez de fazer de marido, tás a ouvir, ó alentejanobiker, vi só isto...
Depois, pedalei para ir ter com o meu amigo Paulobiker e pensei:
Podemos ser felizes com tão pouco