Manhã invernosa, muito fria e chuvosa. O firmamento totalmente coberto de nuvens o que dava ao dia o ar de uma noite clara.
São sete e meia da manhã, espreito pela janela e é um cérebro ainda ensonado que tem a obrigação de decidir se volta para o quentinho dos lençóis ou se se enfarpela e se mete à estrada para calcorrear umas dezenas de quilómetros montado na sua “bike”.
A rua está coberta de água da chuva, que estava a cair há tempo e o vento fazia-se sentir com alguma intensidade, dois fenómenos que fazem pensar qualquer ciclista consciente.
Tudo aconselhava que a melhor e mais sensata decisão fosse o quentinho dos lençóis, mas, para já, a primeira decisão foi satisfazer as precisões matinais enquanto ponderava a decisão final.
São oito horas e dois minutos, recebo uma mensagem: estou a sair, encontramo-nos nas docas ou no caminho. Respondi de imediato: Ok. Vou sair da Amadora.
O cérebro voltou aos lençóis e foi o coração que decidiu num ápice o que só decide quem é louco ou que gosta muito...
Assim começou esta manhã, que terminou mais cedo do que é habitual, uma vez que não parou de chover. Eu optei por aquecer no “banho turco” e os outros dois loucos regressaram a casa usando as facilidades postas à sua disposição pela Refer.